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Como reduzir fraudes de identidade com RG?


Utilizado pelas 27 unidades federativas brasileiras, o Registro Geral (RG) é a principal forma de identificação implementada no país –  ainda assim, não há uma padronização no processo de emissão do documento e nos formatos emitidos por cada um dos estados. Por isso, é normal encontrar carteiras com diferentes espaçamentos e até mesmo métodos distintos para separar os caracteres numéricos, variando entre pontos e barras. 

A ausência de unidade entre os tipos de RG emitidos no Brasil leva a grandes desafios, sendo o principal deles a validação do documento. Essa brecha na segurança faz com que o Brasil seja um dos países que mais sofrem com a fraude de identidade no mundo, registrando 1,8 milhão de tentativas entre janeiro e novembro de 2017, um aumento de 9,5% quando comparado ao mesmo período de 2016.

Outro facilitador para a ocorrência de tantas fraudes é que, não raras vezes, as empresas acabam recorrendo a processos demorados e custosos para validar um RG, como conferências manuais das informações contidas no documento e apresentadas pelo usuário. 

Veja como é possível identificar uma falsificação, quais tipos de crime podem ser cometidos com o registro roubado, como fazer uma validação de RG e qual é o futuro da identidade no país. 

O que pode ser feito com uma identidade roubada no Brasil? 


A partir do roubo de identidade, um fraudador pode obter inúmeros benefícios em nome de outra pessoa, desde a abertura de contas bancárias, até obtenção de crédito e renda por aposentadoria – de 2013 até 2019, a Força-Tarefa Previdenciária (grupo formado pela Secretaria de Previdência, Polícia Federal e Ministério Público) realizou 429 operações, das quais 215 resultaram na investigação de quadrilhas responsáveis por fraudar documentos de identificação

Além de utilizar contas bancárias abertas para a movimentação de dinheiro ilícito, é possível também criar contas e perfis falsos em redes sociais a partir das informações pessoais contidas no documento, que podem ser utilizadas para cometer outros crimes como o phishing, por exemplo. 


Como identificar uma falsificação de RG? 

Um documento de identificação pode ser fraudado de diversas formas – as principais delas envolvem a montagem do documento a partir de espelhos autênticos, preenchidos com informações falsas ou verdadeiras; ou documentos que são roubados e adulterados com a foto de outra pessoa

Por isso, ao verificar a veracidade de um RG, alguns itens essenciais podem ser checados: 

Nome e assinatura do diretor, que são informações padrões contidas no documento em qualquer estado brasileiro;Numeração do documento e dígito verificador, de acordo com a localização da emissão do RG; Semelhança facial da foto do documento enviado pelo portador com uma foto atual do próprio portador;Tinta e fonte do RG, para identificar se são as mesmas daquelas utilizadas em todo o país – busque por falhas nos caracteres e formatação do texto, por exemplo; Compare o documento suspeito com outro documento do mesmo estado de origem, para averiguar semelhanças e diferenças. 


Outras formas de fazer uma validação de RG

Devido a todos os pontos que devem ser analisados, fazer uma validação de RG de forma manual acaba não sendo uma tarefa fácil. Por isso, muitas empresas optam por contratar soluções automatizadas de validação de identidade – assim, podem reforçar sua segurança e deixar as verificações manuais apenas para casos específicos. 

Uma das formas de validação possíveis é a utilização de reconhecimento facial – por meio dela, é possível comparar uma selfie do usuário com a foto do RG enviada no momento do processo de cadastro, comprovando que a pessoa é realmente a portadora do documento. 

Existem ainda checagens adicionais que podem ser feitas em fontes de informações públicas para confirmar dados como nome completo ou o nome da mãe, e até mesmo a verificação da situação cadastral e data de nascimento por meio de consulta feita em órgãos como a Receita Federal. 

O futuro da identidade no Brasil

Algumas iniciativas têm sido desenvolvidas com o objetivo de reduzir a burocracia e a fraude relacionadas ao processo de identificação no Brasil. 

Um deles é o DNI – Documento Nacional de Identificação, documento digitalizado que deve reunir uma série de dados referentes aos cidadãos brasileiros, como CPF, NIS, PIS/PASEP e até dados da carteira de motorista. 

Além de centralizar todas essas informações, o DNI ainda terá mecanismos de segurança como o QR Code, que já é inserido nos documentos de identidade de alguns estados brasileiros, como São Paulo. Porém, vale ressaltar que ele não será um substituto ao já tradicional Registro Geral. 




Créditos: idblog

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